Dezembro vermelho: prevenção ao HIV e ISTs

imagem feita no canva sobre o dezembro vermelho.

O mês de dezembro no Brasil é marcado pela campanha “Dezembro Vermelho“, uma ação de conscientização sobre as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), com ênfase na prevenção ao HIV/AIDS. O objetivo é alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce, do tratamento adequado e das práticas preventivas, como o uso de preservativos, para reduzir a transmissão do HIV e de outras infecções. A campanha também visa combater o estigma e a discriminação em torno das pessoas vivendo com HIV, promovendo a inclusão e o respeito.

A campanha Dezembro Vermelho tem sido um marco de conscientização, oferecendo informações sobre como prevenir, detectar e tratar o HIV e outras DSTs. Ela é um convite para a reflexão sobre os cuidados com a saúde sexual, promovendo ações educativas e de apoio à saúde pública.

A diferença entre as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs)

As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são infecções que podem ser transmitidas de uma pessoa para outra, principalmente por meio de relações sexuais desprotegidas. Embora algumas DSTs sejam de tratamento simples e eficaz, outras podem ter consequências graves à saúde se não forem diagnosticadas e tratadas adequadamente. Entre as DSTs mais comuns, destacam-se:

  • Gonorreia: Causada por uma bactéria, é tratada com antibióticos.
  • Clamídia: Outra infecção bacteriana, que também pode ser tratada com antibióticos.
  • Sífilis: Infecção bacteriana que, se não tratada, pode levar a complicações graves, como problemas neurológicos e cardíacos.
  • Herpes genital: Uma infecção viral, cujo tratamento visa controlar os sintomas, mas não tem cura.
  • HPV (Papilomavírus humano): Pode causar verrugas genitais e, em alguns casos, está associado ao câncer de colo de útero.
  • HIV/AIDS: O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) é uma infecção viral que, se não tratada, pode levar à AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida).

Apesar de a maioria das DSTs ter cura, muitas vezes os sintomas podem ser leves ou inexistentes, o que dificulta o diagnóstico precoce. Por isso, a educação sexual e a conscientização sobre as formas de prevenção são essenciais.

O que é ser “Soro Positivo”?

A expressão “soro positivo” refere-se à pessoa que tem a presença do HIV no organismo, ou seja, que foi diagnosticada com o vírus. O termo “soro” vem da prática de realizar testes de HIV a partir de amostras de sangue, e a palavra “positivo” indica que o teste deu resultado afirmativo para o HIV.

É importante frisar que, ser soro positivo não significa que a pessoa tenha AIDS. O HIV é o vírus que pode levar à AIDS, mas com o tratamento adequado, uma pessoa soropositiva pode viver uma vida longa e saudável, sem que a doença evolua para a fase mais grave da AIDS. Com o uso de antirretrovirais, o HIV pode ser controlado de maneira eficaz, mantendo o vírus em níveis indetectáveis no sangue.

Diferença entre “Soro Positivo” e “Pessoa Transmissível”

Uma questão importante a esclarecer é a diferença entre ser ‘soro positivo’ e ser uma ‘pessoa transmissível’. Nem toda pessoa soropositiva transmite o HIV. A pessoa transmite o vírus quando tem carga viral detectável no sangue, ou seja, quando o HIV está ativo e se reproduz no organismo.

Porém, o tratamento antirretroviral tem um efeito crucial nesse cenário. Quando uma pessoa soropositiva faz o uso adequado de medicamentos, e sua carga viral se torna indetectável, o risco de transmissão do HIV é praticamente inexistente, mesmo durante relações sexuais. Isso é conhecido como “indetectável = intransmissível” (I=I), uma campanha global que reforça que pessoas com HIV que mantêm uma carga viral indetectável não transmitem o vírus.

Portanto, uma pessoa soropositiva pode não ser transmissível, desde que esteja em tratamento e tenha alcançado o controle viral. É muito importante tratar o assunto durante todo o ano, não apenas na campanha de Dezembro Vermelho.

Prevenção para Jovens

A prevenção ao HIV e às ISTs é especialmente importante para os jovens, que representam uma faixa etária vulnerável ao contágio. De acordo com dados do Ministério da Saúde, os adolescentes e jovens de 15 a 29 anos são responsáveis por 50% das novas infecções por HIV no Brasil. Isso se deve principalmente ao comportamento sexual de risco, como a falta de uso de preservativos, e à falta de informações adequadas sobre as formas de prevenção.

A utilização do preservativo é a medida mais eficaz para evitar o HIV e outras ISTs, mas também existem outras estratégias preventivas, como a profilaxia pré-exposição (PrEP) e a profilaxia pós-exposição (PEP). A PrEP consiste no uso diário de medicamentos antirretrovirais por pessoas não soropositivas, que estão em maior risco de contrair o HIV. A PEP é um tratamento de emergência que deve ser iniciado em até 72 horas após a exposição ao HIV.

Além disso, a testagem regular para HIV e outras ISTs é uma prática fundamental para o diagnóstico precoce, que permite o início rápido do tratamento e a redução do risco de complicações.

Dados de transmissão de ISTs entre jovens

De acordo com o Boletim Epidemiológico de HIV/AIDS do Ministério da Saúde de 2023, cerca de 40% dos novos casos de HIV no Brasil ocorrem entre jovens de 15 a 29 anos. Este dado reforça a necessidade urgente de ações específicas para esse público, como campanhas de conscientização e o aumento do acesso a métodos de prevenção. Entre as DSTs, a sífilis tem apresentado números alarmantes entre os jovens, com uma taxa crescente de infecções nessa faixa etária.

Em 2022, o Brasil registrou mais de 150 mil casos de sífilis, com a maioria entre 15 e 29 anos. Gonorreia e clamídia também têm alta incidência entre os jovens, muitas vezes sendo assintomáticas ou com sintomas leves, dificultando o diagnóstico precoce.

A importância da educação sexual para os jovens

A educação sexual desempenha um papel fundamental na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e na promoção da saúde sexual de jovens e adolescentes. Ao oferecer informações claras e precisas sobre como as DSTs se transmitem, sobre a importância do uso de preservativos e da testagem regular, a educação sexual ajuda a formar uma geração mais informada e consciente sobre os riscos à saúde.

No contexto da campanha Dezembro Vermelho, é essencial que as escolas, instituições de ensino e organizações de saúde incluam a educação sexual no currículo, abordando temas como o HIV, a diferença entre as DSTs, a importância da prevenção e o respeito à diversidade. Além disso, é importante discutir questões como o consentimento, a orientação sexual e a identidade de gênero, para criar um ambiente mais inclusivo e respeitoso.

A educação sexual também reduz o estigma em torno das pessoas vivendo com HIV e outras DSTs. Ao entender que essas condições podem ser tratadas e que a prevenção é a chave para evitar novas infecções, os jovens defendem a saúde sexual e o respeito aos direitos de todos.

A importância de discutir o tema em sala de aula

Discutir prevenção ao HIV, ISTs e educação sexual nas escolas é essencial para preparar os jovens para uma vida sexual saudável. Essas conversas devem ocorrer durante todo o ano, não apenas no Dezembro Vermelho, de forma clara e acessível. Programas como o Jovem Aprendiz, que abordam saúde e prevenção, desempenham um papel importante nesse processo. No ISBET, os jovens também aprenderão esses temas, reforçando a importância de decisões conscientes e responsáveis.

Como ser Jovem Aprendiz no ISBET

O ISBET oferece programas de aprendizagem profissional que integram a educação formal com a formação prática, preparando os jovens para o mercado de trabalho com uma abordagem social e educativa. Ao ingressar no programa, os aprendizes têm acesso a conteúdos pedagógicos relevantes, incluindo tópicos sobre saúde e bem-estar, além de experiências práticas em diversas áreas. O programa tem como objetivo formar cidadãos conscientes e preparados para os desafios da vida profissional e pessoal. Para saber mais sobre como se inscrever e participar do programa Jovem Aprendiz do ISBET, acesse o site oficial isbet.org.br.

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