Segurança e Benefícios: o valor do trabalho CLT

na imagem foto da clt.

Nos últimos anos, tem crescido um movimento contrário ao regime de trabalho CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Muitos discursos nas redes sociais, especialmente no LinkedIn e Instagram, têm promovido a ideia de que empreender ou trabalhar como Pessoa Jurídica (PJ) é mais lucrativo e vantajoso. Contudo, é fundamental lembrar que a CLT oferece uma série de proteções legais ao trabalhador, e qualquer movimento que busque enfraquecer esse regime deve ser encarado com cautela, pois pode representar um retrocesso nos direitos conquistados.

Por que ser CLT?

Ao trabalhar sob o regime da CLT, o empregado tem uma gama de direitos que garantem sua segurança e estabilidade financeira. Entre os principais direitos previstos estão:

  • Férias remuneradas: Todo trabalhador CLT tem direito a 30 dias de férias após 12 meses de trabalho, com remuneração adicional de 1/3 sobre o salário.
  • 13º salário: Um benefício anual que equivale a um salário extra, pago em duas parcelas, como forma de bonificação e incentivo.
  • FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço): O empregador deposita mensalmente um percentual do salário do funcionário em uma conta vinculada, que pode ser acessada em situações específicas, como demissão sem justa causa ou para aquisição de imóveis.
  • Licença-maternidade e paternidade: A trabalhadora tem direito a 120 dias de licença-maternidade, e o trabalhador, a 5 dias de licença paternidade, ambos remunerados.
  • Seguro-desemprego: Em caso de demissão sem justa causa, o trabalhador tem direito a um benefício temporário para garantir seu sustento enquanto busca recolocação no mercado.
  • Horas extras: O trabalho realizado além da jornada regular deve ser remunerado com adicional de, no mínimo, 50% sobre o valor da hora normal.
  • Aposentadoria: A contribuição previdenciária ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) garante o direito à aposentadoria, entre outros benefícios sociais.

Esses direitos são garantidos por lei e visam proteger o trabalhador em diversas situações. Somente o contrato formal de trabalho, com registro na carteira, assegura esses benefícios.

Os benefícios da CLT: mais do que direitos legais

Além dos direitos garantidos pela legislação, o trabalho CLT oferece uma série de outros benefícios que vão além da remuneração direta. Em muitas empresas, trabalhadores com contrato formal têm acesso a planos de saúde, seguro de vida, vale alimentação, vale-transporte, participação nos lucros, entre outros. Esses benefícios adicionais podem representar uma economia significativa no orçamento familiar e contribuir para o bem-estar do trabalhador.

Outro ponto importante é a estabilidade proporcionada pela CLT. Em tempos de crise econômica ou incertezas no mercado de trabalho, a segurança de ter direitos garantidos em lei, como o aviso prévio em casos de demissão, pode fazer a diferença entre o desespero e a tranquilidade.

A jornada CLT: um caminho seguro

O regime CLT garante ao trabalhador uma jornada regular de trabalho, limitada a 44 horas semanais no Brasil, ou seja, 8 horas diárias de segunda a sexta-feira, com a possibilidade de trabalhar até 4 horas no sábado. Em algumas empresas, distribuem essa jornada de forma diferente, com turnos flexíveis ou jornadas parciais.

A empresa deve remunerar qualquer hora trabalhada além desse limite como hora extra, assegurando ao trabalhador uma compensação justa por seu tempo adicional de dedicação. Além disso, a CLT garante intervalos obrigatórios para repouso e alimentação, o que preserva a saúde física e mental do trabalhador.

Quem sai perdendo com a falta de CLT?

A falta de um contrato CLT formal, muitas vezes promovida pela ideia de que “ser PJ ou freelancer é mais vantajoso”, coloca o trabalhador em uma posição de vulnerabilidade. Ao optar por trabalhar como PJ, freelancer ou em outros modelos de contratação menos regulamentados, o profissional não tem acesso aos benefícios mencionados anteriormente. Embora possa haver maior flexibilidade e, em alguns casos, maior remuneração inicial, o custo da ausência de segurança trabalhista a longo prazo é alto.

Quando o trabalhador não é contratado pela CLT, ele assume todas as responsabilidades de sua própria segurança social. Isso inclui a contribuição para o INSS, o pagamento de férias e 13º salário (se ele desejar manter esses benefícios), e a ausência de seguro-desemprego em caso de interrupção dos contratos. No fim das contas, o trabalhador arca com custos que, no regime CLT, são responsabilidade do empregador.

Quem sai Ganhando com a ausência da CLT?

O maior beneficiado pela precarização do trabalho e a ausência da CLT é, sem dúvida, o empregador. Ao contratar trabalhadores como PJ ou freelancer, a empresa se exime de diversas responsabilidades trabalhistas, como o pagamento do 13º salário, FGTS, férias remuneradas, e horas extras. Além disso, o empregador não precisa seguir regras rigorosas de jornada de trabalho e pode demitir sem custos adicionais, como a multa de 40% sobre o FGTS.

Embora essa flexibilização pareça vantajosa para as empresas, ela transfere a responsabilidade pela segurança e bem-estar ao trabalhador, que fica desprotegido enquanto a empresa economiza.

Como começar a trabalhar CLT?

Quem deseja ingressar no mercado de trabalho formal sob o regime da CLT deve, primeiro, ficar atento às oportunidades oferecidas por empresas que contratam com carteira assinada. Além disso, é importante preparar um currículo profissional, investir em capacitação e buscar oportunidades que ofereçam um bom pacote de benefícios e estabilidade.

Sites de vagas, programas de estágio e Jovem Aprendiz são portas de entrada frequentes para jovens que querem ingressar no regime CLT.

Comece sua jornada CLT como Jovem Aprendiz

Uma das melhores formas de iniciar a carreira no regime CLT é o programa Jovem Aprendiz, que dá a jovens de 14 a 24 anos a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho com direitos garantidos. Adaptam o contrato de trabalho à realidade do estudante, com uma jornada reduzida que permite conciliar estudos e experiência profissional.

Entre os principais benefícios de ser Jovem Aprendiz estão:

  • Contrato formal de trabalho CLT: Registram o jovem na carteira de trabalho, dando-lhe acesso a todos os direitos, como férias, 13º salário, FGTS e outros.
  • Formação prática e teórica: Além da experiência prática, o Jovem Aprendiz participa de cursos de capacitação que ajudam a desenvolver habilidades para o mercado.
  • Jornada de trabalho reduzida: Adaptam a carga horária para que o jovem consiga conciliar o trabalho com a escola.
  • Possibilidade de efetivação: Muitas empresas efetivam os aprendizes ao final do contrato, permitindo que eles iniciem suas carreiras em organizações renomadas.

Como ser Jovem Aprendiz com o ISBET

O ISBET (Instituto Brasileiro Pró-Educação, Trabalho e Desenvolvimento) atua há mais de 50 anos na inclusão de jovens no mercado de trabalho, oferecendo programas de Jovem Aprendiz e estágio para jovens em vulnerabilidade social, com acompanhamento profissional e orientação para o desenvolvimento de habilidades.

Para ser Jovem Aprendiz pelo ISBET, o candidato deve atender aos seguintes requisitos:

  • Idade: Ter entre 14 e 24 anos, conforme previsto pela Lei da Aprendizagem.
  • Estar estudando: O jovem precisa estar matriculado e frequentando a escola, caso ainda não tenha concluído o ensino médio.
  • Interesse em qualificação profissional: O programa do ISBET oferece cursos de capacitação junto à prática no trabalho, contribuindo para o desenvolvimento do jovem como profissional qualificado.

O ISBET conecta jovens a empresas de diversos setores, facilitando o ingresso no regime CLT. No programa Jovem Aprendiz, eles recebem acompanhamento, participam de dinâmicas e processos seletivos, com oportunidades em áreas como administração, atendimento ao cliente e logística.

Além disso, o ISBET oferece orientação profissional, ajudando os jovens a desenvolver habilidades e aumentar suas chances de sucesso no mercado de trabalho.

Realize seu cadastro no link: https://isbet.org.br/curriculo/

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